segunda-feira, 5 de julho de 2010

Desafio da Mata Atlântica 2010

Conhecida como a prova mais difícil do Brasil, o Desafio da Mata Atlântica aconteceu neste sábado dia 3, em Cubatão.

Acordei as 6 da matina no sábado, com uma neblina descomunal. Sem enxergar nada, segui até a Imigrantes e desci a serra. A largada da corrida era ao lado da Refinaria Presidente Bernardes da Petrobrás. Aqueci um pouco, respirei uma tonelada de fumaça, e fiquei esperando na largada. Quase todos participantes eram da baixada santista.

A prova tem 7.500 metros só de subida, sem nenhum trecho plano. O percurso é pela Rodovia Caminho do Mar, e sobe a 750 metros de altitude, até o topo da serra. Os corredores sobem 100 metros de altura a cada quilômetro.


A largada foi foda, porque tinham muitos caminhantes na minha frente, e acabei tendo que costurar um bocado até achar espaço. Corri os três primeiros quilômetros sem problemas, estou acostumado a correr em subidas. Mas lá pelo quilômetro 3,5 veio uma subida tão foda, que caminhar por ela era mais rápido do que correr. Depois dessa primeira caminhada, fiquei revezando entre correr e andar. Não adiantava muito correr nos paredões. E obviamente em algumas subidas, as piadas sem graça surgiam. “Quem não aguentar correr, só caminha!” gritou um fanfarrão ao meu lado.


Depois da metade da corrida, em uma curva bem acentuada, vi um cara deitado no chão com uma puta cara de dor, e um monte de gente alongando ele. Fiquei feliz de não ter forçado nas subidas, porque poderia facilmente ser eu, se tivesse me empolgado.

Menos de um quilômetro depois, estava correndo atrás de um cara que mancava muito. Pensei que ele fosse até se machucar, pois estava com o pé dobrado pra dentro. Ao passar ele, quase perguntei se estava tudo bem, mas antes percebi que se tratava de um PNE (atleta deficiente físico). Paguei um pau pra aquele cara, correndo uma prova difícil dessas nessas condições.


E sempre tem uns malucos nessas corridas clássicas também. Próximo ao final, escutei uns gritos vindo de trás de mim, e um senhor passou correndo a milhão ao meu lado gritando “Tô arrombado!!! Tô arrombado!!!”. Não entendi nada, mas foi engraçado. Depois esse senhor desacelerou e começou a cumprimentar um monte de gente. Deve ser um cara famoso lá em Cubatão. Vai saber.


Cheguei lá em cima (no Pouso Paranapiacaba) em 50 minutos aproximadamente, o que não é tão ruim pra uma prova só de subida. Não corri forte, pois não era meu objetivo. Valeu a pena pelo belo visual da prova, que passa por trechos da Calçada do Lorena, e tem trechos com mirantes de onde é possível avistar as cidades do litoral paulistano e o mar.

Fotos do dia da prova, retiradas do site WebRun.

Um comentário: