quarta-feira, 25 de março de 2009

Steve Prefontaine (1951-1975)

Se existe algum corredor fundista que pode ser comparado a um astro de rock, é Steve Prefontaine.


Pre (como era conhecido) nasceu em 1951 em Coos Bay, no Oregon. Na sua adolescência pensou em jogar futebol americano, mas era pequeno demais. Seu destino eram as corridas.

Se não estava na escola ou trabalhando em um de seus três empregos, estava correndo. Os policiais locais o detinham com frequencia, pois costumava correr através do povoado durante a noite.

Pre começou a chamar a atenção após acumular 11 vitórias consecutivas numa temporada invicta em sua cidade natal, e estabelecer um recorde nacional nas duas milhas.


Certo dia recebeu uma carta de Bill Bowerman, para ir correr pela Universidade do Oregon. Steve foi, e não faltou a nenhum treino. A dedicação e a seriedade com que treinava, sua forma agressiva de correr e seu carisma logo o levaram a um lugar de destaque no mundo das corridas.

Pre bateu todos os recordes de 2.000 a 10.000 metros.

Durante sua carreira, ele ganhou 120 das 153 corridas que correu.

Em oito ocasiões correu a milha em menos de quatro minutos.

Ganhou os 5.000 metros nos Jogos Panamericanos de 1971.

Ganhou as eliminatórias olímpicas dos EUA de 1972 nos 5.000 metros, e chegou a correr uma das corridas mais dramáticas da história olímpica aos 20 anos de idade.

Prefontaine lutou pelo direito dos atletas amadores dos EUA a prosperar, ganhar a vida e receber apoio para o treinamento.

Essa defesa teve um preço, porém Pre não tinha nada a perder, vivia num trailer por 60 dólares mensais e conseguia comida trocando selos e fazendo bicos.

Numa ocasião, Pre recusou uma oferta de US$ 200.000 para correr o circuito da ITA. Fazê-lo colocaria em risco sua condição de atleta amador, e uma segunda chance para ganhar a medalha de ouro (nas Olímpíadas de Montreal. Corrida que não viveu para correr.)


Mas além de todos recordes e vitórias, houve uma grande decepção. Munique. Pre somente conseguiu terminar em quarto lugar, a um passo de conseguir uma medalha, e a uma vida de distância do ouro.

No auge da sua carreira, Prefontaine ajudou muito nos desenhos da Nike, e é o responsável pelo crescimento que a marca e as corridas teriam nas décadas seguintes.

Pre correu e ganhou sua última corrida em 29 de maio de 1975, no Hayward Field em Eugene.
Morreu no dia seguinte aos 24 anos de idade, voltando de uma festa onde havia tomado algumas cervejas, dirigindo seu carro.

Porém como ele mesmo disse: “corro melhor quando corro em liberdade".



Algumas citações clássicas de Prefontaine (em inglês mesmo):

"Some people create with words or with music or with a brush and paints. I like to make something beautiful when I run. I like to make people stop and say, 'I've never seen anyone run like that before.' It's more than just a race, it's a style. It's doing something better than anyone else. It's being creative."

"A lot of people run a race to see who is fastest. I run to see who has the most guts, who can punish himself into exhausting pace, and then at the end, punish himself even more. Nobody is going to win a 5,000 meter race after running an easy 2 miles. Not with me. If I lose forcing the pace all the way, well, at least I can live with myself."

"To give anything less than your best is to sacrifice the Gift."

"I don't just go out there and run. I like to give people watching something exciting."

"Somebody may beat me, but they are going to have to bleed to do it."

"How does a kid from Coos Bay, with one leg longer than the other win races? All my life people have been telling me, 'You're too small Pre', 'You're not fast enough Pre', 'Give up your foolish dream Steve'. But they forgot something, I HAVE TO WIN."

"A race is a work of art that people can look at and be affected in as many ways they’re capable of understanding."

"You have to wonder at times what you're doing out there. Over the years, I've given myself a thousand reasons to keep running, but it always comes back to where it started. It comes down to self-satisfaction and a sense of achievement."

2 comentários:

  1. pequeno notável! identifico-me! bom post!

    ResponderExcluir
  2. Gostei muito da reportagem falando da vida de Fenomeno das Pistas, ele amava muito a Corrida, o sonho dele era ganhar uma medalha de ouro, em Munique, mas morreu cedo, pudia estar vivo, fazendo outros recordes, valeu Pre!!!!!!!!!! 10

    ResponderExcluir