segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Mogi das Cruzes – 15 Km Flexpé

Acordei cedo pra caralho pra ir nessa prova no domingo. Quando o despertador tocou, entrei em desespero, achando que era segunda. Depois de alguns minutos me recompus, olhei pela janela, e quase desisti de ir. Seis da manhã e já estava calor.
Não pensei muito (até porque a essa hora da manhã ainda não começo a pensar), peguei minhas coisas e saí de casa. Rumo a Mogi das Cruzes, pouco mais de uma hora de carro.

Cheguei lá numa puta vontade de cagar. Me desculpem a sinceridade, mas foi uma situação crítica. Dentro do ginásio, onde estava a organização da prova, tinham uns cinco banheiros. O que ficava mais perto tinha umas 7 pessoas na fila, e o cheiro já estava violento. Quanto mais longe o banheiro, menor a possibilidade de fila e de ficar fedendo a merda depois. Andei até o último banheiro, suando frio, mas cheguei em um banheiro vazio e ainda cheirando bem. Puta odisséia. Banheiro de evento esportivo é pior que banheiro de show. Foi muita sorte que bem nesse dia em que eu precisei, deu tudo certo.

Fiquei de bobeira ali pelo ginásio até a hora da largada. Dos quinze quilômetros da corrida, o que mais me lembro é de ter suado mais que tampa de marmita. Puta calor. Quando o pessoal dos 15Km se dividiu do pessoal que ia correr 10Km, a estrada ficou mais vazia, e o sol refletia no asfalto e dava aquela impressão de molhado à distância, como naqueles road movies americanos, no deserto do arizona. Eu devo estar exagerando, mas que tava quente, tava. O pior é que eu fui inteligente o suficiente pra passar uma tonelada de protetor solar, mas acho que o suor tirou tudo. A corrida inteira eu sentia o protetor solar escorrendo da minha cara e braços. Não teve jeito, reforcei meu já existente bronzeado de camiseta.

Essa corrida tem um trecho com retorno pela mesma estrada, ou seja, você está correndo de um lado da pista e do outro lado vê as pessoas que estão atrás. Ou na frente, dependendo do lado em que você está. É legal ver os líderes da prova voltando enquanto você ainda está indo, mas é muito melhor ver que tem gente ainda indo quando você já está voltando. O que me fez rir por uns 5 quilômetros foi ver um tiozinho japonês de 1,40m, que estava correndo com a melhor cara de sofrimento que eu já vi na vida. Parecia que ele tinha levado um tiro de escopeta na perna. Na chegada, quase tive vontade de esperar, pra ver se ele ia chegar naquele drama todo. Queria já ter as fotos da prova, pra tentar garimpar uma foto desse mini tiozinho japa. Se eu achar alguma boa, posto depois. Por enquanto fica uma foto do Tomoji Tanabe, que é praticamente um sósia.


Completei a prova em 01:10:58, num ritmo de 4:43 minutos por Km. Achei bom, apesar de no ano passado ter feito a mesma prova 5 minutos mais rápido. Cheguei em décimo lugar na minha categoria de idade. E no geral não faço a menor idéia, tinha muita gente na minha frente. Resultados em: http://www.cronoserv.com.br/resultados/2010_11_28_DESAFIO_15K_categ.TXT.

Todo ano essa prova dá um picolé de côco na chegada. Daqueles que vem numa embalagem escrito “côco”, sem marca, informação nutricional, nem mais nada escrito. Pior que o sorvete é muito bom. Pode ser pelo calor que estava. Só sei que por mim, deveria ser obrigatório pela federação brasileira de atletismo ter picolé grátis na chegada das provas. Fica aí o meu protesto.

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