O sofá mais
fofo - em qualquer casa - está sempre em frente à televisão.
Um grande
homem se foi. Trabalhou sentado. Viajou sentado. Descansou sentado. Quantas
vezes não nos sentamos juntos, e ali permanecemos sentados? Aguardo
ansiosamente o primeiro enterro de uma pessoa sentada – claramente a posição
favorita dos homens. E estarei lá sentado assistindo.
Clamo que
todos em plena saúde – começando por mim – coloquem seus sofás nas calçadas, e um caixote em
frente à TV.
Prefiro o ‘plim-plim’ dos copos nos bares,
A novela das
ruas,
O telejornal
dos pedestres.
O destaque de
domingo no ‘esporte espetacular’ é minha pedalada até o centro, ou minha
corrida à beira da represa. Em loop -
não me importo em assistir programas repetidos toda semana.
Por que
escolher entre os ‘seis canais telecine’,
se caminhando por duas horas na rua, a noite exibe a melhor première – e de exibição única – da
programação? Não tem a mesma ação, o mesmo drama, a mesma comédia. Mas tem mais
verdade.
Pelo fim da Síndrome de Estocolmo do dia-a-dia. Em
que a vítima sorri a quem lhe toma brutalmente o tempo (e mais).
Procuramos as
vagas mais perto da entrada, os bancos com atendimento mais rápido, as vias
expressas mais livres, para que possamos chegar em casa e ficar mais tempo parados.
E a pizza que
pedimos chega em 15 minutos, para que nos outros 45 minutos da hora, não
tenhamos mais que esperar pela pizza.
É
sexta-feira, e neste fim de semana, me chamem para sentar e comer pizza ou tomar
uma gelada (melhor ainda). Mas irei de bicicleta ou a pé, sempre que – e enquanto for - possível.
Prefiro levar
45 minutos de bicicleta, a levar 15 minutos dentro do carro.
De bicicleta ganho meia hora.
De bicicleta ganho meia hora.
Perfeito! Grande mensagem!
ResponderExcluirEspetacular Porpets!!!
ResponderExcluirPorp's Monstro!
ResponderExcluirÉ na rua que a vida acontece